terça-feira, 31 de maio de 2011

GREVE ESTADUAL

Fátima faz discurso na Câmara em defesa dos servidores em greve

Por: Pedro Filgueira

As greves de servidores públicos no Rio Grande do Norte foram tema de discurso na Câmara Federal na manhã desta quarta-feira (25). A deputada federal Fátima Bezerra levou o assunto ao plenário destacando a inflexibilidade do Governo do Estado em cumprir acordos celebrados com sindicatos nos últimos anos. Outro ponto destacado pela parlamentar foi a situação de instabilidade no Estado com a paralisação de serviços públicos essenciais, como a Educação e a Segurança. Já estão em greve os trabalhadores da Educação, a Polícia Civil, o Detran, os servidores das Centrais do Cidadão, entre outros. Esses movimentos grevistas podem se estender nos próximos dias para outros segmentos como os policiais militares, trabalhadores da Saúde e servidores da administração indireta.
A deputada afirmou que os diversos movimentos têm uma mesma motivação: o descumprimento de acordos celebrados entre os sindicatos dos servidores públicos e o Governo Estadual. “Custou caro para os trabalhadores obterem esses avanços, que estão hoje assegurados em lei e que a atual governadora, Rosalba Ciarlini, resolveu simplesmente desconsiderar. São conquistas históricas que não podem virar pó. Não foi para isso que a população elegeu a atual governadora. Alias, não eram essas as promessas de campanha e os servidores cobram coerência entre o que foi prometido e o que efetivamente vem sendo praticado pelo Governo”, destacou.
Ainda no discurso, Fátima disse no plenário que até o momento, o Governo não apresentou alternativas que possam resultar em negociações aceitáveis para os trabalhadores, que querem voltar ao trabalho, mas não podem aceitar que os avanços conquistados se transformem num enorme retrocesso. Para ela, o que se viu até o momento foi uma postura de ameaças aos servidores, de negativas para a negociação, de ausência de propostas concretas e a responsabilização do Governo anterior. “Não há jeito pior para se começar uma gestão que gerou tanta expectativa junto à população potiguar”, pontuou. “Nosso mandato sempre apoiou as mobilizações dos servidores estaduais ao longo dos anos. Fomos parceiros de muitas lutas e sabemos o que significa para cada trabalhador as conquistas obtidas. Por isso, somos solidários e parceiros, das greves atuais por serem justas e legítimas por buscarem o cumprimento de acordos já firmados e que jamais poderiam ser descumpridos. Mais uma vez reitero que greve e conflito se resolvem pela via do diálogo”, afirmou Fátima.

Repercussão

Repercutem nacionalmente as paralisações dos servidores públicos do RN. O programa Bom Dia Brasil, da Rede Globo, por exemplo, veiculou reportagem sobre as paralisações. Além disso, no Twitter, a tag #RioGrevedoNorte chegou ao topo dos assuntos mais comentados no País na segunda-feira passada.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

PROJETO DE LEI 122

Hoje recebi um e-mail – de minha sobrinha Lícia –, o qual transcrevo abaixo, devido a sua importância:

Bom dia, irmãos.

A PL 122 (“projeto anti-homofobia”) que foi criada pela esquerda em parceria com os movimentos homossexuais do Brasil e do Mundo, não tem o propósito de proteger os homossexuais, mas destruir a civilização judaico-cristã, cujos valores éticos e morais são obstáculos para a expansão do paganismo da nova ordem mundial que se avizinha a passos largos.
O que me impressiona é o fato dos “chamados conservadores” cristãos, simplesmente estarem omissos quanto a esta questão, que redundará em enormes males espirituais, morais e materiais para a sociedade brasileira. Estes conservadores “de bico”, não tem atitude e coragem para enfrentar esta afronta à Pessoa de Jesus Cristo, em nome de quem dizem serem “conservadores”.
A comunidade gay, a esquerda (do quanto pior melhor) e os escusos interesses internacionais estão investindo pesado na aprovação da PL 122. Basta ver que esta semana inteira estão de vigília no Congresso Nacional para aprovação da PL 122. Tudo indica que a PL 122 será aprovada, porque a covardia da comunidade cristã, católica e protestante, salvo os remanescentes de sempre, salta aos olhos.
A sociedade brasileira que foi enganada pelos “doutos” do STF, ignorando a teologia e a filosofia, decidiram contra a nação e a constituição brasileira “reconhecendo” como família ou entidade familiar, a sodomia gay. Um assunto desta natureza e grandeza, jamais poderia ser decidido por legalistas.
Este STF, composto por pessoas que receberam o influxo da geração Woodstock, da new left (nova esquerda) dos homossexuais Herbert, Marcuse e Cia, hoje estão no poder, não para cumpri-lo segundo Romanos 13, caput, mas segundo a nova moral ditada pela nova ordem mundial da KGB/FSB (russa) e do clã Bildberg, do qual George Soros é um dos capo de tutti capo. O Islã agradece.
Pela PL 122, opinião, pensamento, ação e qualquer outra atitude que seja entendida (não precisa ser) homofóbica, resultará em até 5 anos de cadeia; isto serve para homens e mulheres heterossexuais de qualquer idade.
Com ela em vigor, os “kits” gays que o Ministério da Educação, com nosso dinheiro, anda distribuindo nas escolas para as crianças do ensino fundamental terá força e vigor de lei. Educar, segundo o MEC e tornar adolescentes gays ou prepará-los para não serem héteros. Bem, um ministério, cujo titular confunde cabeçalho com “cabeçário”, não precisa dizer mais nada.
Sabem o que isto significa, a aprovação da PL 122?
Que se seu filho (a) adolescente se recusar a uma cantada, ou um beijo gay na escola ou na rua, parques e locais de recreação, poderá ser enquadrado na PL 122 como homofóbico. Se for menor vai para a FEBEM.
A bíblia deixará de ser lida e pregada, pois é um livro homofóbico (Levítico, Coríntios, etc...). A sodomia estará institucionalizada, com força de Lei. “O amor é lindo”.
Com a PL 122 virá como consequência lógica, a aprovação da pedofília e sua regularização, o Brasil se transformará (em parte, já é) num grande paraíso homossexual e pedófilo e, naturalmente, os cristãos serão o alvo preferencial. Esses crentes, “cana neles”!!!
Pergunto: Para que esperar o ladrão entrar em casa e expulsá-lo depois, se antes posso lhe fechar a porta?
Se você não se preocupa com o país e com seus cidadãos, vizinhos, seu semelhante, preocupe-se com seus filhos (as), netos (as), sobrinhos; se não se preocupa com eles (porque afinal, você poderá não estar aí vivo, ou já tem suas próprias convicções, ou ocupa cargos na administração pública que lhe dão status e autoridade – SEGURANÇA –, ou por qualquer outro motivo), então, por favor, esqueça a mensagem; desculpe tê-lo feito ler assunto tão “chato”, cansativo e perturbador. _ Delete a informação!
Mas, se estiver preocupado e amar-se, à sua família, mulher e filhos, então a mensagem é para você.
Que fazer?
Multiplicar sua indignação cobrando de deputados, senadores, governadores, ministros que ainda tenha algum princípio ético e cristão que não aprove a PL 122.
Mandar mensagens para as igrejas via Youtube, internet, fax, telefone etc... Mobilizar entidades de classes, demonstrando que o dano será para todos, cristãos ou não.
Vigiar, orar, jejuar. Pregar a palavra de Deus a todos, inclusive aos homossexuais, confrontá-los com a verdade da santa vida cristã com a vida que levam, que diante das câmeras e imprensa são “alegres e divertidos”, mas que na solidão diária da vida: depressivos, angustiados, agoniados, insatisfeitos, tristes; porque não se aceitam a si mesmos, pois sabem que estão no limbo da sexualidade, nem são homens e jamais serão mulheres (o inverso serve para as lésbicas).
O Pastor Silas Malafaia está no ”Vitória em Cristo” (este é o nome do seu programa na TV), chamando a comunidade cristã a reagir à PL 122. Eles têm o "direito” deles, NÓS o NOSSO, de defender nosso modo de ver e viver a vida, para nós e nossa família e amigos a quem amamos.
A hora é agora!
Grato!!!!!


P Antes de imprimir este email pense bem se é realmente necessário.
Before printing this email, assess if it is really needed.

sábado, 21 de maio de 2011

ATIVIDADE 2.12

CURSO: TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO: ENSINANDO E APRENDENDO COM AS TICs

UNIDADE: INTERNET, HIPERTEXTO, HIPERMÍDIA

ATIVIDADE: 2.12 – REFLEXÕES

TURMA: ITAÚ

TUTORA: KALIANDRA MARIA DA CONCEIÇÃO DE FREITAS MOTA

CURSISTAS: ELIÚDSON ALVES DE LIMA


DIFICULDADES E APRENDIZAGENS

O objetivo deste artigo é enfatizar as dificuldades de se trabalhar com o uso da tecnologia na escola, referindo especialmente aos educadores educacionais, pois alguns professores não dominam a informática e não fazem o bom uso da tecnologia em sua profissão. De acordo com os pesquisadores Pozo (2008) e Nóvoa (2009), nós vivemos em uma sociedade da exigência social, e precisamos transformar essa sociedade do conhecimento e para isto acontecer é preciso investir buscar formação e informação e cabe ao educador proporcionar aos alunos conhecimentos inovadores. A tecnologia na educação requer um olhar mais abrangente por parte dos educadores, assim, envolvendo novas formas de ensinar, aprender e desenvolver o currículo condizente com a sociedade tecnológica, a qual se caracteriza pela integração, complexidade e convivência com a diversidade de linguagens e formas de representar o conhecimento.

As tecnologias são importantes, mas apenas se soubermos utilizá-las. E saber utilizá-las não é apenas um problema técnico (Dowbor, L., 2001).

Diante dos estudos realizados no decorrer desta unidade e da realidade vivenciada em sala de aula percebi que a maioria de nós, professores, tem dificuldade em lidar com o uso da tecnologia na escola, muitas vezes, deixando de elaborar uma aula com o recurso tecnológico pelo fato de não ter entrosamento com a tal tecnologia e, porque não dizer, com o computador e outros recursos eletrônicos.
A dimensão do uso de tecnologia em distintos ramos de atividades nos coloca frente a vertiginosas mudanças na cultura, na sociedade, na economia e, principalmente, na educação em especial, frente aos avanços da era da ciência e de conhecimentos que precisamos incorporar para lidar em sala de aula com diferentes instrumentos e ferramentas tecnológicas. Isto tudo exige dos educadores a constante busca por aprender, produzir e gerir conhecimentos e desenvolver diferentes modos de buscar informações atualizadas para nos comunicarmos, ensinar e criar melhores condições de aprendizagem para nossos alunos. Este é o caminho e a marca dos novos tempos.
A sociedade chamada por alguns pensadores de sociedade da tecnologia, por outros, de sociedade do conhecimento ou ainda sociedade da aprendizagem, caracteriza-se pela rapidez e abrangência de informações. A realidade do mundo atual requer um novo perfil de profissional e cidadão que coloca para a escola novos desafios. No bojo das mudanças tecnológicas, culturais e científicas não há como prever quais serão os conhecimentos necessários para viver em sociedade e inserir-se no mundo do trabalho daqui alguns anos.
O proposto no estudo desta unidade é discutir a dificuldade de aprendizagem da tecnologia do professor na escola. O mesmo precisará se dar conta da interatividade tecnológica e da mudança fundamental do esquema clássico da comunicação, ficando explícito que a dificuldade de aprendizagem com o uso tecnológico só existe, se o professor ficar cômodo, e se não ir a busca do novo, refazendo seu currículo, construindo mudanças no planejamento da sua aula, deixando de fazer uso de novos instrumentos de ensino.
O educador não pode deixar de lado os recursos que a escola oferece, tais como; a biblioteca, a sala de laboratório de informática, a quadra de esporte etc. No dia-a-dia, muito se tem para motivar e deixar sua aula mais prazerosa e alegre.
No entanto, o professor deverá participar constantemente de cursos de formações, buscando informações adequadas para diversificar a sua aula, lendo revistas, jornais, sempre manter atualizado, deixar de lado a resistência, sendo mais flexíveis e ousados.
Nós educadores temos que investir na nossa profissão, temos que acreditar no potencial da aprendizagem pessoal, na capacidade de evoluir, de interagir nas novas experiências, do seu cotidiano, ao mesmo tempo compreendermos e aceitarmos nossos limites, nosso jeito de ser, nossa história pessoal. Ao educar, tornamos visíveis nossos valores, atitudes, ideias, emoções.
Pensando assim, o professor será um eterno aprendiz, e não pode parar, deve estar em constante aprendizado, principalmente neste item professor-aluno, pois, nesta troca de ideias é possível aumentar o conhecimento sistematizado. Não perdendo o nosso papel motivador, estimulador e flexível.

ATIVIDADE 2.8

CURSO: TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO: ENSINANDO E APRENDENDO COM AS TICs

UNIDADE: INTERNET, HIPERTEXTO, HIPERMÍDIA

ATIVIDADE: 2.8 – PROJETO DE TRABALHO

TURMA: ITAÚ

TUTORA: KALIANDRA MARIA DA CONCEIÇÃO DE FREITAS MOTA

CURSISTAS: ELIÚDSON ALVES DE LIMA e EDUARDO ALVES DE LIMA


PROJETO DE TRABALHO

Bloco de Conteúdo
Ciências

Conteúdo
SOLO

Apresentação
A informática também pode ser utilizada como recurso didático. O uso de computadores pode contribuir para a aprendizagem dos alunos, desde que bem utilizado. Quando os alunos têm a oportunidade de acessar os recursos de aprendizagem da internet, passam a ter participação ativa na construção do conhecimento, sendo responsáveis pelo próprio aprendizado. Ao acessar bibliotecas virtuais, em alguns casos, podem interagir com alunos de todo o mundo e com pessoas de todas as idades e com diferentes níveis de conhecimentos. Para que os estudantes possam explorar os recursos da internet, é preciso que o professor estimule o processo de exploração e que gerencie as informações que, utilizadas adequadamente, podem auxiliar na aprendizagem.
Sabendo do interesse dos alunos em trabalhar em ambientes informatizados e utilizar os recursos que a internet oferece, é que elaboramos o presente trabalho, com vista, na aprendizagem dos mesmos.

Justificativa
Para utilizar o laboratório de informática como ferramenta pedagógica no processo de ensino-aprendizagem optamos pelo tema SOLO.
Diante do cenário atual, em que o mundo sofre problemas decorrentes da alimentação inadequada (carência ou excesso de nutrientes), entendemos que a perspectiva de uma boa alimentação consiste inicialmente na conscientização da qualidade de vida a partir de uma alimentação adequada às necessidades do corpo, tendo sua origem no manuseio do SOLO.
O estudo científico do SOLO, a aquisição e disseminação de informações sobre o papel que o mesmo exerce, e sua importância na vida do homem, são condições primordiais para sua proteção e conservação, e a garantia da manutenção de um ambiente sadio e sustentável.

Objetivos
- Entrar em contato com textos informativos;
- Aprender procedimentos de leitura de imagens para buscar informações;
- Usar alguns recursos do computador;
- Entender como ocorre a formação do SOLO;
- Conhecer algumas características do SOLO, como cor, textura, porosidade e permeabilidade;
- Perceber os diferentes componentes do SOLO;
- Identificar os diferentes tipos de SOLO;
- Entender algumas técnicas agrícolas utilizadas para melhorar a fertilidade do SOLO;
- Entender o que é erosão e como evita-la;
- Conhecer alguns problemas de saúde causados pelo contato com SOLO contaminado;
- Analisar como a ação social modifica as características do SOLO.

Conteúdos
- Texto informativo;
- SOLO;
- Procedimento de pesquisa em fontes diversas;
- Construção de familiaridade com o computador;
- Estudando o SOLO;
- O SOLO e as práticas agrícolas;
- Degradação do SOLO;
- SOLO e saúde.

Ano
6º “A”

Tempo estimado
Três aulas.

Material necessário
- Computador com aceso à Internet e um editor de textos;
- Impressora;
- Livro-didático Projeto Radix, Editora Scipione, 6º Ano;
- Cadernos e canetas para registro.

Desenvolvimento
1ª ETAPA Em sala de aula, apresente o conteúdo do livro-didático e questione o que os alunos sabem sobre SOLO. Convide-os a descobrir detalhes sobre SOLO usando o computador. Comporte-se como um modelo para eles: ao ligar a máquina e conectá-la à internet, verbalize os procedimentos. Elabore um cartaz com o que eles já sabem sobre SOLO e outro com o que desejam descobrir, fazendo o papel de escriba.

2ª ETAPA Para incentivar a aprendizagem, leve os alunos ao Laboratório de Informática da Escola, para fazerem uma pesquisa sobre SOLO. Explique que o objetivo principal do trabalho é comparar as informações do livro-didático com o que se encontra na internet. Organize uma pauta de pesquisa. Apresente os materiais para a turma pesquisar informações a respeito do SOLO. Fale sobre como consultar a internet também. Organize grupos para que cada um trabalhe com uma fonte. Apresente o site de pesquisa Google (www.google.com.br). Explique o que pode ser feito e como digitar no campo da busca a palavra SOLO. Privilegie o uso de imagens e mapas, recursos importantes para a compreensão deste conteúdo. Questione a necessidade de imprimir tudo o que for descoberto e a validade de salvar os endereços para acessá-los depois. Proponha o rodizio dos grupos para que todos tenham contato com as fontes. Organize uma roda para socializar as descobertas.

3ª ETAPA Oriente os alunos a criar um texto com o que foi aprendido. Sugira usar o computador para digitá-lo, com as observações, imagens, desenhos, anotações e, escrever legendas para as fotos, por exemplo.

Avaliação
Analise os conhecimentos adquiridos pelos alunos sobre o SOLO e como eles passaram a lidar com o computador. É importante que tenham desenvolvido autonomia para identificar ícones para acessar a internet e pesquisar em site. Com base na análise dos registros da pesquisa na internet (desenhos, anotações e tabelas), observe o entendimento dos conceitos estudados. Verifique se as eventuais diferenças entre o livro-didático e o pesquisado foram relacionadas pela turma à ação humana.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

VÍDEO

Na audiência pública proposta para discutir a atual situação da educação no RN, na Assembleia Legislativa, a professora da Rede Pública Estadual, Amanda Gurgel, deu um depoimento verdadeiro e corajoso sobre as condições de trabalho e sobrevivência dos professores.
"Como as pessoas até agora, inclusive a secretária Betânia Ramalho apresentaram números e números são irrefutáveis, eu também vou fazê-lo. Apresento um número de três algarismos apenas, que é o do meu salário, de R$ 930". Esse foi o início da fala da professora, que complementou: "Não tenho vergonha de fazê-lo porque penso que o constrangimento deveria vir de vocês".
O blog fez questão de publicar o vídeo por entender ser de grande relevância não só para os professores em greve, mas para a sociedade do Rio Grande do Norte. Clique e assista ao vídeo:  http://www.youtube.com/watch?v=yFkt0O7lceA

DESABAFO

O Desabafo de Uma Professora do Estado

Há muito tempo não via algo tão impactante sobre a realidade da rede pública estadual de ensino, quanto o depoimento da professora Amanda Gurgel, durante audiência pública da Assembleia Legislativa sobre a situação da educação no Rio Grande do Norte. O depoimento foi tão verdadeiro, inteligente, duro e ao mesmo tempo educado, que merece reprodução na íntegra desse espaço. Para você que não tem Internet para ver o vídeo que postei no meu blog (www.pedrocarlos.com), passo a reproduzir aqui a fala, ipsis literis. Vale a pena a leitura e a reflexão: “Bom dia todas e todos. Eu, durante cada fala aqui (referência às autoridades que se pronunciaram antes), pensava em como organizar a minha fala. Porque são tantas questões a serem colocada e tantas angústias do dia-a-dia de quem está em sala de aula, de quem está em escola...

Números

“...eu queria pelo menos conseguir sintetizar minimamente essas angústias... Como as pessoas apresentaram muitos números e como sempre colocaram que os números são irrefutáveis, eu gostaria também de apresentar um número para iniciar a minha fala, que é um número composto por três algarismos apenas, bem diferente dos outros números que são apresentados aqui com tantos algarismos; que é o número do meu salário: um 9, um 3 e um 0. É o meu salário base: R$ 930.

Pergunta

“E aí eu gostaria de fazer uma pergunta a todas e todos que estão aqui sem nível superior e especialização — mas também só respondam se não ficarem constrangidos, obviamente — se vocês conseguiriam sobreviver ou manter o padrão de vida que vocês mantêm com esse salário? (pequena pausa)... Não conseguiriam! Certamente esse salário não é suficiente para pagar nem a indumentária que os senhores e as senhoras utilizam para poder frequentar essa casa aqui.

Sala

“A minha fala não poderia partir de um ponto diferente desse porque só quem está em sala de aula, só quem está pegando três ônibus por dia para poder chegar ao seu local de trabalho — ônibus precário, inclusive — é quem pode falar com propriedade sobre isso. Fora isso, qualquer colocação que seja feita aqui, qualquer consideração é apenas para mascarar uma verdade que é visível a todo mundo, que é o fato de que em nenhum governo, em nenhum momento que nós tivemos no nosso Estado, na nossa cidade, no nosso país, a Educação foi uma prioridade.

Preocupação

“Então me preocupa muitíssimo a maioria das falas aqui, inclusive da secretária Betânia Ramalho, com todo respeito, que é: não vamos falar da situação precária porque todo mundo já sabe. Como assim não vamos falar da situação precária? Gente, nós estamos banalizando isso daí? Estamos aceitando a condição precária da educação como uma fatalidade? Estão me colocando na sala de aula com um giz e um quadro para salvar o Brasil, é isso? Salas de aula superlotadas, com os alunos entrando a cada momento com uma carteira nas cabeças porque não têm carteiras na sala... Não tenho condições. Muito menos com o salário que eu recebo.

Imediatismo

“A secretária disse ainda que não podemos ser imediatistas, ver apenas a condição imediata, precisamos pensar a longo prazo. Mas, a minha necessidade de alimentação é imediata, a minha necessidade de transporte é imediata. A necessidade de Jéssica (referência à aluna que falou antes dela) de ter uma educação de qualidade é imediata.

Concepção

“Eu gostaria de pedir aos senhores que se libertem dessa concepção errônea, extremamente equivocada — isso eu digo com propriedade porque eu estou lá, com propriedade maior até do que os grandes estudiosos— parem de associar qualidade de educação com professor dentro de sala de aula. Parem de associar isso daí porque não tem como você ter qualidade em educação com professores três horários em sala de aula, porque é assim que os professores multiplicam os R$ 930. 930 de manhã, 930 à tarde e 930 à noite, para poder sobreviver. Não é para andar de bolsa de marca nem para usar perfume francês. É para ter condição de pagar a alimentação de seus filhos. É para ter a condição de pagar a prestação de um carro, que muitas vezes eles compram para poder se locomover mais rapidamente entre uma escola e outra e que eles precisam escolher o dia em que vão andar de carro porque não tem condição de comprar o combustível.

Constrangimento

“A realidade, o cenário da educação do RN hoje é esse. E eu não me sinto constrangida em apresentar o meu contracheque, nem a aluno nem a professor nem a nenhum dos senhores aqui. Porque eu penso que o constrangimento deveria vir de vocês. Sinto muito, eu lamento. Mas deveriam todos estar constrangidos. Entra governo e sai governo...

Paciência

“Eu peço desculpas a você mais uma vez, Betânia, mas não tem novidade na sua fala. Sempre o que se solicita da gente é paciência, é tolerância. E eu tenho colegas que estão aguardando pacientemente há 15 anos, há 20 anos, por uma promoção horizontal. Professores que morrem e não recebem uma promoção. Então, eu quero pedir à secretária, paciência também. Porque nós não aguentamos mais esse discurso. O que nós queremos é objetividade.

Proposta

“Como é que é? Queremos sair desse impasse, queremos. Mas como? Sem nenhuma proposta, de mãos abanando? Para a gente voltar mais uma vez desmoralizado para a sala de aula e o aluno dizer: professora, a gente ficou aqui sem ter aula e só isso? Vocês receberam R$ 20, R$ 30. Eles dão risada.

Respeito

“Pedimos ainda, secretária, respeito, para que a senhora não vá mais à mídia dizer assim: ‘pedimos flexibilidade’. Como se nós fôssemos os responsáveis pelo caos quando na verdade só se apresenta à sociedade quando nós estamos em greve, mas que está lá todos os dias, dentro da sala de aula, dentro das escolas, em todos os lugares. Então, respeito. Não se refira à nossa categoria dessa forma.

Categoria

“Nem se refira apenas como se fosse a direção do Sinte que está querendo fazer essa greve. Não é, não. É 90% da categoria no Estado inteiro. No interior e aqui na capital. Pedimos aos deputados, apoio. Estejam mais presentes, participem ali. Vão à nossa assembleia, procurem ouvir esses trabalhadores, procurem ouvir a nossa realidade.

Promotoria

“Pedir à promotoria que esteja com uma fiscalização efetiva. Que não seja para dizer que professor não pode comer desse cuscuz, porque é um cuscuz alegado o que a gente come, o da merenda. Porque a promotoria está ali para dizer que a merenda é do aluno, não é do professor. É assim que funciona. Diga-se de passagem, nós não temos recurso para estarmos nos alimentando fora de casa. São muito mais questões mais complexas que poderiam ser colocadas aqui, mas infelizmente o tempo é curto e eu gostaria de solicitar isso em nome dos meus colegas que comem um cuscuz alegado, em nome dos meus colegas que pegam três ônibus para chegar ao seu local de trabalho, em nome de Jéssica que está sem aulas neste momento, mas que fica sem aulas por muitos outros motivos, por falta de professor, por falta de merenda. Era isso que eu queria dizer”.

Edição número 1.600 – Ano VI – Mossoró (RN), 18 de maio de 2011.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

GREVE

Resposta do governo ao movimento grevista é o silêncio

Desde o início da Greve dos Trabalhadores em Educação do Estado, a governadora Rosalba Ciarlini evita discutir as reivindicações com a categoria. Sua resposta aos pedidos dos trabalhadores é o silêncio. Para a direção do Sinte, essa é apenas uma forma encontrada pela gestora para se eximir da sua responsabilidade.
Segundo a coordenadora geral do Sinte, Fátima Cardoso, que milita no movimento sindical desde 1979, a atitude da governadora é mais um entrave à resolução do impasse. “Ela silencia para não responder à população quanto é que o Estado investe nos trabalhadores que realizam o principal serviço a que a população tem direito. Mas esse silêncio não é uma boa estratégia. Ele irrita e instiga cada vez mais o movimento.”, disse.